Afinal teremos mais um mês de apelos ao voto e por isso aqui vai o meu modesto contributo para encher a caixa do correio. Pela primeira vez na história da Câmara/Ordem dos Solicitadores tivemos quatro candidaturas ao Conselho Geral e também, pela primeira vez, vamos ter uma segunda volta.
Os solicitadores que desenvolvem a sua atividade na área dos registos, notariado e fiscalidade vão perceber que o futuro da titulação e dos registos vai sofrer drásticas alterações. Assegurar um papel relevante no que será uma nova realidade, vai obrigar a que sejamos nós próprios a encontrar o caminho certo e não a esperar que Estado nos apresente esse caminho. Um novo modelo de titulação de negócios sobre imóveis, regularização dos imóveis do Estado, registo do domínio público, identificação e recuperação dos prédios sem dono conhecido, novo modelo de justificação de direitos, novo modelo de declaração da mera posse, dinamização do cadastro predial ou resolução dos litígios decorrentes do BUPi, são algumas das oportunidades que temos de aproveitar. Para os agentes de execução é imperativo que sejam eles próprios a propor um novo modelo de execução, com uma maior amplitude de atuação, desde logo na constituição do título, com maior informação sobre o património dos devedores (mas protegendo essa informação dos credores), liquidação dos patrimónios nas insolvências, modernização do processo de divisão de coisa comum, a venda dos bens nas divisões de coisa comum, inventários, execuções fiscais e bens do estado. Estou convicto de que Rui Simão, refletindo sobre os acertos e os erros do passado, tem a capacidade de desenvolver o seu próprio modelo de liderança da nossa associação pública. É fundamental que reúna um grupo diversificado de pessoas, tanto novas quanto experientes, que, independentemente das suas posições anteriores, reconheçam a urgência de inovação, que arregacem as mangas e se comprometam com metas precisas e prazos bem definidos. Mantendo o foco nos objetivos de médio prazo, é acima de tudo imperativo fomentar a inovação e promover mudanças, mesmo em questões que possam parecer pequenas. Essas iniciativas podem gerar resultados práticos imediatos, criando um alicerce sólido para futuros avanços, permitindo que novos caminhos sejam traçados com cada vez mais certeza e determinação. A inovação deve ser a bússola que guiará essa jornada transformadora. Reitero aqui o meu apoio ao Rui Simão, na certeza de que, depois de 6 de janeiro, os Associados vão em pouco tempo sentir a mudança, uma mudança materializada em atos e não em palavras. PS. Não sei será esta a última mensagem do ano, mas na eventualidade de o ser, deixo desde já os meus habituais votos de BOM NATAL.
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AutorO meu nome é Armando A. Oliveira, sou solicitador de 1993, agente de execução desde 2003 e técnico de cadastro predial desde 2024 Archives
Dezembro 2024
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